Adaga de dardos
Dos retardos constantes
Em mi, fá, sol, lá, lá em casa,
Na morada dos párias,
A fadiga diária.
Casa do violão, da guitarra,
Imprecisão da garra, cãibra,
Barba ralada, casa com o nada.
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Rezende
Razão de existir
Somos um pequeno grupo de poetas.
Poetas que são amigos,
que são (re)conhecidos pelos versos.
O paulistano Pedro Zambarda de Araújo fundou este blog junto com a carioca Carolina de Eira Duarte. O motivo do nome é uma simples paixão pela cor azul e uma despretensão com nomes estrategicamente elaborados, apesar do estrangeirismo presente.
Poesias preferenciamente em português.
Poetas que são amigos,
que são (re)conhecidos pelos versos.
O paulistano Pedro Zambarda de Araújo fundou este blog junto com a carioca Carolina de Eira Duarte. O motivo do nome é uma simples paixão pela cor azul e uma despretensão com nomes estrategicamente elaborados, apesar do estrangeirismo presente.
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"Parece que há duas sortes de vocação, as que têm língua e as que a não têm. As primeiras realizam-se; as últimas representam uma luta constante e estéril entre o impulso interior e a ausência de um modo de comunicação com os homens. Romão era destas. Tinha a vocação íntima da música; trazia dentro de si muitas óperas e missas, um mundo de harmonias novas e originais, que não alcançava exprimir e pôr no papel. Esta era a causa única de tristeza de mestre Romão. Naturalmente o vulgo não atinava com ela; uns diziam isto, outros aquilo: doença, falta de dinheiro, algum desgosto antigo; mas a verdade é esta: - a causa da melancolia de mestre Romão era não poder compor, não possuir o meio de traduzir o que sentia. Não é que não rabiscasse muito papel e não interrogasse o cravo, durante horas; mas tudo lhe saía informe, sem idéia nem harmonia." Cantiga dos Esponsais, Machado de Assis. Contos Escolhidos.
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Um comentário:
cãibra
fadiga é dose...
continua escrevendo Pedro!!
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