Você não se decepciona mais
Quando o cético vira o ético,
Quando o pé vira a mão,
Quando o céu vira o mausoléu.
Você não deixa de acreditar,
Mas o seu suspiro vira escama
E o seu libido, chama.
sexta-feira, outubro 31, 2008
Um pequeno apelo, sem nenhuma poesia
Eles são, muito provavelmente, o único núcleo de poesia em língua portuguesa no DeviantART. Por ausência dos membros atuais, o clube está em plena decadência.
Se alguém daqui puder fazer parte e contribuir mais ativamente, fica meu sincero agradecimento.
domingo, outubro 26, 2008
nu
o homem está nu
ele tirou suas roupas
tirou suas jóias
livrou-se de adereços
sufocou sua vida
arrancou sua pele
amputou seu ego
se despiu do preconceito
saltou fora seus medos
abandonou seus desejos
esqueceu seu passado
esqueceu seus sonhos
curou suas feridas
desistiu de suas ambições
perdeu seu ódio
agora sobra apenas
o que realmente importa
vazio
sábado, outubro 25, 2008
Conjunto solução inteiro
Porteiro do cadeado
Alienante do instante
Em vigência, uma tendência
Em colapso num mundo
Relapso de imundos
Conceitos.
Portador da chave
Que o senhor entrave
Insiste em proclamar:
"O senhor é a margem,
O centro e a estalagem,
Em ti passam todos os barcos,
Por ti juntam todos os espaços".
Alienante do instante
Em vigência, uma tendência
Em colapso num mundo
Relapso de imundos
Conceitos.
Portador da chave
Que o senhor entrave
Insiste em proclamar:
"O senhor é a margem,
O centro e a estalagem,
Em ti passam todos os barcos,
Por ti juntam todos os espaços".
Para Wilhelm, conhecido como William Gnann,
19 anos ontem, talvez hoje também.
quarta-feira, outubro 22, 2008
Conjunto solução vazio
Bate o sino, o relógio aponta para o 12,
E para qualquer outro valor no sentido horário.
Assume-se um relógio com dois ponteiros,
Como na definição, o sentido horário é o negativo,
Tão negativo que seu avançar traz o desespero.
Cada segundo que passa, o tempo é gasto.
O tempo chega, talvez seja a hora, a hora final,
Aquela hora onde a vida se resolve, obrigatoriamente.
O dia onde não haverá amanhã e o hoje próximo é escasso;
O dia onde o basta acontece, a dor finalmente finda-se...
Os problemas desaparecem, a angústia some,
O dia onde o tango argentino é finalmente tocado
E a única coisa a fazer já foi feita...
Odeio o dia, não este... Mas seu conjunto complementar.
E para qualquer outro valor no sentido horário.
Assume-se um relógio com dois ponteiros,
Como na definição, o sentido horário é o negativo,
Tão negativo que seu avançar traz o desespero.
Cada segundo que passa, o tempo é gasto.
O tempo chega, talvez seja a hora, a hora final,
Aquela hora onde a vida se resolve, obrigatoriamente.
O dia onde não haverá amanhã e o hoje próximo é escasso;
O dia onde o basta acontece, a dor finalmente finda-se...
Os problemas desaparecem, a angústia some,
O dia onde o tango argentino é finalmente tocado
E a única coisa a fazer já foi feita...
Odeio o dia, não este... Mas seu conjunto complementar.
sábado, outubro 11, 2008
Hallucinogenas
Hallucinogenas
Posso ver em seu olhar
O monstro que machuca gente
Sem um momento de paz
Confusão e indecisão
Pobre valentão
Sem dó, exigente.
Mãe amada
Recomeçou
Repetirei mais uma vez
Seu mundo – meu mundo
O suplício da indecisão
Decisão atroz, incompetente
Incompletude inadimplente
Estado de desânimo
Uma loteria, uma lástima
Esta espada, o amargor.
Não guardo remorso
Posso enxergar e não posso ler
Posso andar e não posso mover-me
Afundado na cama, os escombros
O grito da alma mutilada
Ecoa na folha de poesias
Pelo que eu fiz
Visito o exílio
Simpático, esboça riso.
Já é mais do que tarde
Ventos do exílio
Curvam-se, polêmicos
Dobram palmeiras, araucárias
Ingazeiros, Flamboyants e Ipês
Verde à mercê
Para voltar atrás
À força engastado
Em campos belicosos
Carniças ardem com o fogo
Que a ira ateou
Os ventos do exílio levam
Devagarzinho
O Sombrio Lamento
Que seja capaz de semear a tristeza
Que congela a vingança
A que horas virá?
Sempre esperei por ela
Quando todos que encontrei
Esqueci de quem devia lembrar
E procurar, o que mais?
Faltam os remédios!
...eles me divertem...
Liquidam as sensações.
Eles vão
Nada restou, apenas uma história sem mãe
E a dor desta noite punge
Dizendo maliciosa:
“Tome um banho de sangue”
E a vingança charmosa
Chamusca o peito do jovem refinado
Fumegando a dor do exílio
De suas próprias lembranças
Eu esquecerei de quem procuro
Mamãe por favor, me ajude
Não a verei mais
Um por um
Tenho pouco tempo
Antes de dormir a ilusão dos séculos
Onde corpos jazem em receptáculos minúsculos
Comida dos cães
Bebi seu sangue, comi seu corpo!
E minhas lágrimas ainda não secaram!
Embrulharam-me o estômago.
Seus olhos
Quando
As outras víboras lhe levarem
Cave seu túmulo
Já não intercederei mais
Seus pálidos olhos frios
Despojado do próprio rosto
Por sua vontade cometi seus melhores erros
Todos que encontro ouviram seus lamentos
Através do vento do exílio
Ignorando as lembranças do passado amargo
Arrancaram-me da pele pesada chaga
Todas as crianças
Vomitei seu vômito e ingeri sua bílis
Mas ainda esqueço o teu nome
Nome de salvador
Recordar-me de sua face, nem nos sonhos
Por sua glória
Cuidado com sua própria virtude
Tombam as máscaras, deitam por terra os medos
Mas o calafrio ainda persiste no lamento
Aquele vento vivo,
Que dobra as árvores
Devagar marcham
Em fuga desconhecido
Descontrolado
Mordi seu braço
Andei sozinho
Tentando ao máximo não esquecer
De quem eu era
Para a morte
Quem, por estas chamas
Por capricho do precipício
Puxou-me do salto
De planar rasante
Todas as suas crianças
Preferi não consolar a morte
Mas estão me privando
Da consciência
As complicações e falta de sossego
Dores de cabeça
...minhas amigas
Perderam-se
Faltam remédios
--- esqueci de seu rosto mais uma vez
Olhe por onde anda
O grito da alma ensandecida
Rasgou a goela do tempo
Faz pingar o escarlate
Do passado
Calcinado
Pois vai perder-se também
As pessoas apavoram, e olham
E não estão mais aqui
Mas sinta! Os gritos ainda ecoam
É melhor aproveitar
E concordar a sofrer as conseqüências
Faltam remédios, sim, faltam remédios
E o suplício ainda não decide a angústia
À primeira vista pode faltar amor
e os grilhões invocam a dor
Faltam remédios, e eu suplico ao grito
Levante meu vento!
Não há mais
Fingir problemas que não comigo
Nadar no rio onde desovam peixes triviais
Camões entulha-me de superficiais
Vil contratempo
É Contra o vento
tempo
Choca meu lamento
Através dos tempos
Chega ao destino
E desafina
Não há mais
Se há uma coisa que não admito
É desarmonia
tempo
Espatifa-se – tiraram-me a voz
Sobrou o murmúrio das árvores
Que dobraram o vento
Vejo coisas
Estou no comando
Segurando
Todas as cordas
Dos movimentos das marionetes
Dos perdedores
Em suas mãos de assassino
Que não se cansa de prejulgar
E cometer sacrifícios ousados
Porque o grito que alerta a alma Que já perdeu tudo
Ainda te causa dor
demais
Mas não fique preocupado, apenas deixe-me daqui sair
Ouve este sussurro? Para além do verde distante e pálido
Merece um outro olhar
Eu digo – isso é bloqueio
Uma perversidade
Deles, que estão por toda a parte
Vigiando os sentimentos e rendendo toda gente
Vejo coisas
Exilaram meus movimentos
Momentos partiram-se em pedaços
Cansado, dormi em seus braços.
Demais.
Posso ver em seu olhar
O monstro que machuca gente
Sem um momento de paz
Confusão e indecisão
Pobre valentão
Sem dó, exigente.
Mãe amada
Recomeçou
Repetirei mais uma vez
Seu mundo – meu mundo
O suplício da indecisão
Decisão atroz, incompetente
Incompletude inadimplente
Estado de desânimo
Uma loteria, uma lástima
Esta espada, o amargor.
Não guardo remorso
Posso enxergar e não posso ler
Posso andar e não posso mover-me
Afundado na cama, os escombros
O grito da alma mutilada
Ecoa na folha de poesias
Pelo que eu fiz
Visito o exílio
Simpático, esboça riso.
Já é mais do que tarde
Ventos do exílio
Curvam-se, polêmicos
Dobram palmeiras, araucárias
Ingazeiros, Flamboyants e Ipês
Verde à mercê
Para voltar atrás
À força engastado
Em campos belicosos
Carniças ardem com o fogo
Que a ira ateou
Os ventos do exílio levam
Devagarzinho
O Sombrio Lamento
Que seja capaz de semear a tristeza
Que congela a vingança
A que horas virá?
Sempre esperei por ela
Quando todos que encontrei
Esqueci de quem devia lembrar
E procurar, o que mais?
Faltam os remédios!
...eles me divertem...
Liquidam as sensações.
Eles vão
Nada restou, apenas uma história sem mãe
E a dor desta noite punge
Dizendo maliciosa:
“Tome um banho de sangue”
E a vingança charmosa
Chamusca o peito do jovem refinado
Fumegando a dor do exílio
De suas próprias lembranças
Eu esquecerei de quem procuro
Mamãe por favor, me ajude
Não a verei mais
Um por um
Tenho pouco tempo
Antes de dormir a ilusão dos séculos
Onde corpos jazem em receptáculos minúsculos
Comida dos cães
Bebi seu sangue, comi seu corpo!
E minhas lágrimas ainda não secaram!
Embrulharam-me o estômago.
Seus olhos
Quando
As outras víboras lhe levarem
Cave seu túmulo
Já não intercederei mais
Seus pálidos olhos frios
Despojado do próprio rosto
Por sua vontade cometi seus melhores erros
Todos que encontro ouviram seus lamentos
Através do vento do exílio
Ignorando as lembranças do passado amargo
Arrancaram-me da pele pesada chaga
Todas as crianças
Vomitei seu vômito e ingeri sua bílis
Mas ainda esqueço o teu nome
Nome de salvador
Recordar-me de sua face, nem nos sonhos
Por sua glória
Cuidado com sua própria virtude
Tombam as máscaras, deitam por terra os medos
Mas o calafrio ainda persiste no lamento
Aquele vento vivo,
Que dobra as árvores
Devagar marcham
Em fuga desconhecido
Descontrolado
Mordi seu braço
Andei sozinho
Tentando ao máximo não esquecer
De quem eu era
Para a morte
Quem, por estas chamas
Por capricho do precipício
Puxou-me do salto
De planar rasante
Todas as suas crianças
Preferi não consolar a morte
Mas estão me privando
Da consciência
As complicações e falta de sossego
Dores de cabeça
...minhas amigas
Perderam-se
Faltam remédios
--- esqueci de seu rosto mais uma vez
Olhe por onde anda
O grito da alma ensandecida
Rasgou a goela do tempo
Faz pingar o escarlate
Do passado
Calcinado
Pois vai perder-se também
As pessoas apavoram, e olham
E não estão mais aqui
Mas sinta! Os gritos ainda ecoam
É melhor aproveitar
E concordar a sofrer as conseqüências
Faltam remédios, sim, faltam remédios
E o suplício ainda não decide a angústia
À primeira vista pode faltar amor
e os grilhões invocam a dor
Faltam remédios, e eu suplico ao grito
Levante meu vento!
Não há mais
Fingir problemas que não comigo
Nadar no rio onde desovam peixes triviais
Camões entulha-me de superficiais
Vil contratempo
É Contra o vento
tempo
Choca meu lamento
Através dos tempos
Chega ao destino
E desafina
Não há mais
Se há uma coisa que não admito
É desarmonia
tempo
Espatifa-se – tiraram-me a voz
Sobrou o murmúrio das árvores
Que dobraram o vento
Vejo coisas
Estou no comando
Segurando
Todas as cordas
Dos movimentos das marionetes
Dos perdedores
Em suas mãos de assassino
Que não se cansa de prejulgar
E cometer sacrifícios ousados
Porque o grito que alerta a alma Que já perdeu tudo
Ainda te causa dor
demais
Mas não fique preocupado, apenas deixe-me daqui sair
Ouve este sussurro? Para além do verde distante e pálido
Merece um outro olhar
Eu digo – isso é bloqueio
Uma perversidade
Deles, que estão por toda a parte
Vigiando os sentimentos e rendendo toda gente
Vejo coisas
Exilaram meus movimentos
Momentos partiram-se em pedaços
Cansado, dormi em seus braços.
Demais.
quinta-feira, outubro 09, 2008
Pátria amada, Brasil!
Pátria amada, Brasil!
Teu espírito, senhoril,
Respira um ar pueril.
Seu moleque senil!
Teu espírito, senhoril,
Respira um ar pueril.
Seu moleque senil!
quarta-feira, outubro 08, 2008
cenidistante
passos e registros
enquadrados no silêncio
tique taque de seu peito
és uma máquina, é verdade
mas tão verdadeira
quanto o lobo e a coruja
asinhas delgadas,
fitas de silêncio
pouca voz e sorriso.
energias na espinha
hostis
sinto-me no escuro
tétricas,
horrendas
és prática
rotina fatal -
queima-me as retinas
por um relance de amor
queima, queima,
como agulha na brasa
os minúsculos pontinhos
encarnação da derrota, um fiasco.
enquadrados no silêncio
tique taque de seu peito
és uma máquina, é verdade
mas tão verdadeira
quanto o lobo e a coruja
asinhas delgadas,
fitas de silêncio
pouca voz e sorriso.
energias na espinha
hostis
sinto-me no escuro
tétricas,
horrendas
és prática
rotina fatal -
queima-me as retinas
por um relance de amor
queima, queima,
como agulha na brasa
os minúsculos pontinhos
encarnação da derrota, um fiasco.
domingo, outubro 05, 2008
már
sonhe com o mar
morrendo à noite
na beira da praia
engolindo as estações
o estrondo de àgua
castigando os rochedos
fustigando os sentidos
fugindo em asas delta...
sibila o vento - enreda os pés
na areia de diamante
nos cabelos o torvelinho
saltado das falésias
o mar está morrendo
e você ainda sonhando...
morrendo à noite
na beira da praia
engolindo as estações
o estrondo de àgua
castigando os rochedos
fustigando os sentidos
fugindo em asas delta...
sibila o vento - enreda os pés
na areia de diamante
nos cabelos o torvelinho
saltado das falésias
o mar está morrendo
e você ainda sonhando...
poema sobre experiência
encontra-se claro sob a névoa
o amado leito de morte
decorado com algodão-doce
e atroz bílis, o açoite;
estende seus lençóis, garras
ágeis e senis
Na face, de lado a outro
risca altivo, um esgar
brota mais sorrisos frios
tão distantes deste débil
vestindo trapos de Brasil.
o amado leito de morte
decorado com algodão-doce
e atroz bílis, o açoite;
estende seus lençóis, garras
ágeis e senis
Na face, de lado a outro
risca altivo, um esgar
brota mais sorrisos frios
tão distantes deste débil
vestindo trapos de Brasil.
sexta-feira, outubro 03, 2008
Descaminho
Pedrinhas, escolhas, seleções, eleições.
Sistemas, distrações, reinvenções.
A criatividade implodida,
O coito interrompido.
Sistemas, distrações, reinvenções.
A criatividade implodida,
O coito interrompido.
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