E desabaram os cabos
Do poste, cacos
De vidro do lustre,
Ficamos sem luz, no escuro,
Ficamos sem água, imundos.
Em homenagem às chuvas fortes de fevereiro de 2011 em São Paulo, na Zona Norte.
domingo, fevereiro 27, 2011
Caiu a árvore
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Nas Cinzas de Pompéia
Nas Cinzas de Pompéia
Soterrado por pedra-pomes
Nos labirintos da lava
Está engastado, de certa forma;
um passado vivo
O lupanar calcificado
de vívidas posições eróticas
demonstram a pureza
do quotidianum
Nas Cinzas de Pompéia
Eu vi o Templo de Vênus
A Afrodite dos Romanos
de beleza imortal
Hoje podemos contemplar
a bela Pompéia
E caminhar por entre os mortos
No jardim de fugitivos
E suas posições, talvez um pouco obscenas
Como se acometidos de vergonha
Debaixo das Cinzas de Pompéia.
Soterrado por pedra-pomes
Nos labirintos da lava
Está engastado, de certa forma;
um passado vivo
O lupanar calcificado
de vívidas posições eróticas
demonstram a pureza
do quotidianum
Nas Cinzas de Pompéia
Eu vi o Templo de Vênus
A Afrodite dos Romanos
de beleza imortal
Hoje podemos contemplar
a bela Pompéia
E caminhar por entre os mortos
No jardim de fugitivos
E suas posições, talvez um pouco obscenas
Como se acometidos de vergonha
Debaixo das Cinzas de Pompéia.
sábado, fevereiro 12, 2011
Moça feliz da ponte orca
É baixinha, um pouco rechonchuda, sorriso de aparelho,
Indica aos passageiros o local da fila, mantém a felicidade
Mesmo no sol de trinta e cinco graus, mesmo com a fila de cento e
Quarenta e quatro pessoa, permanece feliz mesmo trabalhando
Embaixo da ponte.
Baixinha, rechonchuda, funcionária feliz.
Indica aos passageiros o local da fila, mantém a felicidade
Mesmo no sol de trinta e cinco graus, mesmo com a fila de cento e
Quarenta e quatro pessoa, permanece feliz mesmo trabalhando
Embaixo da ponte.
Baixinha, rechonchuda, funcionária feliz.
Comercial excessivo
Repete à exaustão seus slogans e frases-chave para produtos randômicos
Na televisão à cabo, que você paga para se livrar dos comerciais convencionais
E comprar os repetitivos.
Na televisão à cabo, que você paga para se livrar dos comerciais convencionais
E comprar os repetitivos.
domingo, fevereiro 06, 2011
Redação inexistente
Reuniões de pauta no Google Docs,
Não vejo o rosto dos editores, compro drops,
Chupo bala de menta, fico sentado com a bunda
Gorda, a digitar.
Não vejo o rosto dos editores, compro drops,
Chupo bala de menta, fico sentado com a bunda
Gorda, a digitar.
sábado, fevereiro 05, 2011
terça-feira, fevereiro 01, 2011
Poesia é um rascunho
De pintura renascentista,
É um rabiscar de anatomia simetricamente
Imperfeita,
É uma rasura rarefeita.
Poesia é uma arte extinta
Mas viva nas entrelinhas,
Viva no vazio artístico,
Viva no espaço e no vácuo
Do querer representar e no objeto,
Fluída entre a semiótica e a ontologia.
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