Este poema, meus amigos
Não tem pretensão nenhuma.
Adoro contradições. (hahahaha)
Este poema não te fará ver estrelas
Não te seduzirá com palavras.
Não traduzirá os sintomas de sua alma inquieta
cheia de problemas
Este poema está aqui apenas por capricho
Um mero jogar de palavras
Doce caracol verbalizado
Sem pretensão nem aprumo
Te deixa sem rumo.
quarta-feira, maio 25, 2011
domingo, maio 01, 2011
Zapping nas notícias
Seus lides prendem no cérebro,
Sua compreensão falha,
Sua cabeça espalha,
As chamadas ecoam
E a inteligência vaza.
Sua compreensão falha,
Sua cabeça espalha,
As chamadas ecoam
E a inteligência vaza.
domingo, abril 17, 2011
A dificuldade de passar uma ideia numa poesia
Reside na falta de percepção sobre:
1) O peso das palavras;
2) O meu desejo de escrever começo, meio e fim.
Não estar afim é uma falha de opção. Opção poética.
Dormir em um sofá pequeno
Espremer as pernas, encontrar uma posição que não cause lesão na coluna,
Vira de lado, vira de bruços, tenta não ficar com a barriga para cima,
Debruça no braço, ronca com o peso, prega os olhos,
Debruça no braço, ronca com o peso, prega os olhos,
Levanta com dores nas pernas e nos pés,
Alonga, remexe, improvisa.
sábado, abril 16, 2011
Queixumes
Estava aqui eu morto de pêsames
no desalento de meus queixumes
Quão desajeitado fui, ah, pressuposto louco
com os frascos de perfumes
Sugestão de lágrimas, enquanto decifrava
símbolos estranhos que não nos deixam sóbrios
as gotas que escorrem caem das pálpebras erradas
Sob mágica quente, com a plenitude em mente
Afogo-me nos cardumes das pérolas douradas
e este véu com que me visto,
ao apagar meu lume
é negro, atro como betume
não deixa visível nem sombra de risada
e sob este espectral manto levanto
às duas da madrugada
cálido e frio, a lamentar como alma penada.
no desalento de meus queixumes
Quão desajeitado fui, ah, pressuposto louco
com os frascos de perfumes
Sugestão de lágrimas, enquanto decifrava
símbolos estranhos que não nos deixam sóbrios
as gotas que escorrem caem das pálpebras erradas
Sob mágica quente, com a plenitude em mente
Afogo-me nos cardumes das pérolas douradas
e este véu com que me visto,
ao apagar meu lume
é negro, atro como betume
não deixa visível nem sombra de risada
e sob este espectral manto levanto
às duas da madrugada
cálido e frio, a lamentar como alma penada.
quinta-feira, abril 14, 2011
Kurt Cobain se matou em abril
No mesmo mês de uma tragédia com crianças no Rio de Janeiro
E outro assassino suicida, e o amor pela morte, e os sentimentos
Estranhos que não se curam
Colocando culpa em arma,
Em sociedade
Ou em karma.
E outro assassino suicida, e o amor pela morte, e os sentimentos
Estranhos que não se curam
Colocando culpa em arma,
Em sociedade
Ou em karma.
Virada Paulista
É a Virada Cultural em São Paulo,
Um evento paulistano nas ruas do centro,
Entre mendigos e jovens, muvucas e músicas,
Barulhos e bebidas, sem sobriedade
Se viram os corpos na madrugada.
Um evento paulistano nas ruas do centro,
Entre mendigos e jovens, muvucas e músicas,
Barulhos e bebidas, sem sobriedade
Se viram os corpos na madrugada.
Sistema operacional open source
É o patinho feio dos software,
O programa adequado, mas mal-visto,
Mal vestido por sua propaganda ineficaz
E soterrado pelo marketing concorrente.
O programa adequado, mas mal-visto,
Mal vestido por sua propaganda ineficaz
E soterrado pelo marketing concorrente.
terça-feira, abril 05, 2011
sexta-feira, março 18, 2011
Conceitos
Duas meninas, uma de frente para a outra,
Duas de cabelos longos, uma tingida de ruivo,
A outra morena pura, mesma altura, rostos simétricos,
Colados, trocando selinhos, na estação Sé
De metrô, os apegos se aqueceram
E viraram beijos, e os rostos horrorizados,
Mas discretos, se avolumaram ao redor.
"Gosto muito de você" - beijo -
"Gosto muito de você" - beijo -
"Não vou parar de gostar de você - beijo,
Beijo - "Você teve um dia tenso, não teve?" -
Beijo - "Meu mundo anda fora do eixo".
O trem chega na estação, as pessoas de São Paulo se empurram
Beijo - "Meu mundo anda fora do eixo".
O trem chega na estação, as pessoas de São Paulo se empurram
E o casal de meninas é separado - não sem antes mais um beijo -
E um homem com uma Bíblia na mão resmunga para a esposa:
"Feh, beijos, assim, ao ar livre. Tsc tsc".
A mulher concorda com o marido,
E um homem com uma Bíblia na mão resmunga para a esposa:
"Feh, beijos, assim, ao ar livre. Tsc tsc".
A mulher concorda com o marido,
A sociedade julga a menina e seu beijo
Autêntico, o homem vai embora,
A esposa libera a cadeira para uma criança
Portadora de Down, sem mal algum.
Baseado no meu ouvido bisbilhoteiro e sem MP3 pra distrair.
Baseado no meu ouvido bisbilhoteiro e sem MP3 pra distrair.
quarta-feira, março 16, 2011
Samurai ferido
Japão sob escombros
Do terremoto, coberto
Sob ondas do tsunami,
Céu anil, dia tranquilo
Em uma São Paulo hostil.
Em luto pelos desastres naturais no Japão, dia 11 de março de 2011.
Do terremoto, coberto
Sob ondas do tsunami,
Céu anil, dia tranquilo
Em uma São Paulo hostil.
Em luto pelos desastres naturais no Japão, dia 11 de março de 2011.
domingo, fevereiro 27, 2011
Caiu a árvore
E desabaram os cabos
Do poste, cacos
De vidro do lustre,
Ficamos sem luz, no escuro,
Ficamos sem água, imundos.
Em homenagem às chuvas fortes de fevereiro de 2011 em São Paulo, na Zona Norte.
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Nas Cinzas de Pompéia
Nas Cinzas de Pompéia
Soterrado por pedra-pomes
Nos labirintos da lava
Está engastado, de certa forma;
um passado vivo
O lupanar calcificado
de vívidas posições eróticas
demonstram a pureza
do quotidianum
Nas Cinzas de Pompéia
Eu vi o Templo de Vênus
A Afrodite dos Romanos
de beleza imortal
Hoje podemos contemplar
a bela Pompéia
E caminhar por entre os mortos
No jardim de fugitivos
E suas posições, talvez um pouco obscenas
Como se acometidos de vergonha
Debaixo das Cinzas de Pompéia.
Soterrado por pedra-pomes
Nos labirintos da lava
Está engastado, de certa forma;
um passado vivo
O lupanar calcificado
de vívidas posições eróticas
demonstram a pureza
do quotidianum
Nas Cinzas de Pompéia
Eu vi o Templo de Vênus
A Afrodite dos Romanos
de beleza imortal
Hoje podemos contemplar
a bela Pompéia
E caminhar por entre os mortos
No jardim de fugitivos
E suas posições, talvez um pouco obscenas
Como se acometidos de vergonha
Debaixo das Cinzas de Pompéia.
sábado, fevereiro 12, 2011
Moça feliz da ponte orca
É baixinha, um pouco rechonchuda, sorriso de aparelho,
Indica aos passageiros o local da fila, mantém a felicidade
Mesmo no sol de trinta e cinco graus, mesmo com a fila de cento e
Quarenta e quatro pessoa, permanece feliz mesmo trabalhando
Embaixo da ponte.
Baixinha, rechonchuda, funcionária feliz.
Indica aos passageiros o local da fila, mantém a felicidade
Mesmo no sol de trinta e cinco graus, mesmo com a fila de cento e
Quarenta e quatro pessoa, permanece feliz mesmo trabalhando
Embaixo da ponte.
Baixinha, rechonchuda, funcionária feliz.
Comercial excessivo
Repete à exaustão seus slogans e frases-chave para produtos randômicos
Na televisão à cabo, que você paga para se livrar dos comerciais convencionais
E comprar os repetitivos.
Na televisão à cabo, que você paga para se livrar dos comerciais convencionais
E comprar os repetitivos.
domingo, fevereiro 06, 2011
Redação inexistente
Reuniões de pauta no Google Docs,
Não vejo o rosto dos editores, compro drops,
Chupo bala de menta, fico sentado com a bunda
Gorda, a digitar.
Não vejo o rosto dos editores, compro drops,
Chupo bala de menta, fico sentado com a bunda
Gorda, a digitar.
sábado, fevereiro 05, 2011
terça-feira, fevereiro 01, 2011
Poesia é um rascunho
De pintura renascentista,
É um rabiscar de anatomia simetricamente
Imperfeita,
É uma rasura rarefeita.
Poesia é uma arte extinta
Mas viva nas entrelinhas,
Viva no vazio artístico,
Viva no espaço e no vácuo
Do querer representar e no objeto,
Fluída entre a semiótica e a ontologia.
sexta-feira, janeiro 14, 2011
Leia poesia
Leia poesia
Você talvez irá descobrir que...
a poesia não fala só de obras,
de espaço cotidiano
da vida que cruza a rua.
- A poesia é mutante.
- ardilosa, indefinível.
- prosaica, indecifrável.
- maleável serenata.
a poesia é do ego,
que procura um abraço
sem precisar arrancar um braço.
a poesia tem estrofes
versos e compassos
ritmo sem embaraço.
a professora nos disse que pode ser heróica, decassílaba ou alexandrina -
tanto faz.
a mim importa o que a atualidade me diz
e que os versos livres dão mais espaço do que uma estrutura iâmbica.
- a poesia pode ser comparada a metáfora-
- sem a metáfora,
- é como um rei sem bispos --
- torres, peões e cavalos-
- sobra somente a Dama pra falar do amor--
ela muitas vezes fala de amor - e canta a dor,-
das moças de fino trato - passa as sendas proibidas--
de aconchego e calor - finta com desejos frágeis-
também trata a poesia - orgulha-se. mesmo desapontada--
a poesia , . , . @!5?:%
é vírgula traço pontuação reticências...
pode conter aliteração vulgarização repetenciação neologismação
até mesmo metalinguagens e compassos absurdos e erros "esdrúchulos"
e todas as hipérboles da elíptica portuguesa
a mãe gramática que ensinou Camões a navegar os Lusíadas
.a poesia já esteve presente
...com Adão e Eva
.....desde a gênese quando Deus
..........disse "fiat lux"
A poesia sempre fala do poeta
Por que nas poucas linhas que a compõem
Quem diz "Faça se a Luz!"
É o poeta.
~~~~a poesia diz tanto quanto mímica
porque os traços leves~~~~
~~~~são os mesmos dos braços que se elevam
ao gesticular emoções~~~~
- a poesia dá margem
para o mais rude dito
ser bela passagem
- você pode lê-la
- do jeito que quiser
- ninguém dá ordens ao leitor.
Ass: Rotiel Repus O.
Você talvez irá descobrir que...
a poesia não fala só de obras,
de espaço cotidiano
da vida que cruza a rua.
- A poesia é mutante.
- ardilosa, indefinível.
- prosaica, indecifrável.
- maleável serenata.
a poesia é do ego,
que procura um abraço
sem precisar arrancar um braço.
a poesia tem estrofes
versos e compassos
ritmo sem embaraço.
a professora nos disse que pode ser heróica, decassílaba ou alexandrina -
tanto faz.
a mim importa o que a atualidade me diz
e que os versos livres dão mais espaço do que uma estrutura iâmbica.
- a poesia pode ser comparada a metáfora-
- sem a metáfora,
- é como um rei sem bispos --
- torres, peões e cavalos-
- sobra somente a Dama pra falar do amor--
ela muitas vezes fala de amor - e canta a dor,-
das moças de fino trato - passa as sendas proibidas--
de aconchego e calor - finta com desejos frágeis-
também trata a poesia - orgulha-se. mesmo desapontada--
a poesia , . , . @!5?:%
é vírgula traço pontuação reticências...
pode conter aliteração vulgarização repetenciação neologismação
até mesmo metalinguagens e compassos absurdos e erros "esdrúchulos"
e todas as hipérboles da elíptica portuguesa
a mãe gramática que ensinou Camões a navegar os Lusíadas
.a poesia já esteve presente
...com Adão e Eva
.....desde a gênese quando Deus
..........disse "fiat lux"
A poesia sempre fala do poeta
Por que nas poucas linhas que a compõem
Quem diz "Faça se a Luz!"
É o poeta.
~~~~a poesia diz tanto quanto mímica
porque os traços leves~~~~
~~~~são os mesmos dos braços que se elevam
ao gesticular emoções~~~~
- a poesia dá margem
para o mais rude dito
ser bela passagem
- você pode lê-la
- do jeito que quiser
- ninguém dá ordens ao leitor.
Ass: Rotiel Repus O.
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