sexta-feira, janeiro 23, 2009

Punk

Sou anarquista, sou vigarista,
Vou te foder, seu filha puta,
Te contorcer, capar tua culpa,
Comer tua bunda.

O negócio é explodir amplificadores,
Peidar, comer hambúrgueres e experimentar
Motocicletas envenenadas, armar
O barraco, o arroto.

Meu moicano, meu cabelo repicado,
Minha jaqueta de couro, meu molho espalhado
No teu lanche vomitado.

O negócio é a bagunça,
A falta de rumo que me excita,
A orgia e a aversão, música.

domingo, janeiro 11, 2009

Glam

Meu batom, minha peruca,
Minha boca pendura
O cigarro e a gula,
Pareço maluca.

Sou apenas,
Perua.



Ou peru,
Puro glamour.

Blues

Meio tom acima, meio tom abaixo,
Baixo pra cima, guitarra pra baixo,
Meu negro som em notas, em poucos tons,
Simula coloração, escala cromática
E pura prática.

Ácido

Trágico hospedeiro, conquista meu asco,
Devora meu saco, revira meu suco gástrico.

Não é droga, não é alucinógeno,
Talvez seja a dor dos estóicos.

Líquido puro e corrosivo,
Estomacal, anormal.

Dor abnominal, bestial
Sensação, compressão labial,
Reclamação matinal.