domingo, fevereiro 22, 2009

Po.e.si.a

Engenharia dos sentidos, das letras e dos conjuntos, palavras
Da expressão sublime e primordial da lingaguem,
Dos adjuntos humanos, da comunicação e linhagem
De relações, o engenho dos corações
E dos célebres cérebros.

Uma construção como qualquer outra, rota de
Um emburrecimento inteligente, o inteligente emburrecido,
Sentido, bruto, refinado. É um tijolo da casa,
A palha da morada, o cimento da idéia.

Poeta entristecido

É diferente de poeta triste,
Poeta triste espalha angústia,
Enquanto poeta entristecido empalha sofrimento,
Pausa no momento exato de seu clímax, seu máximo.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

(Des)Humano

Divide o mundo com um muro,
Divide o pensamento com um murro,
Há o Ocidente de direita
E o Oriente de esquerda.

Tudo trocado,
Troca tudo!

terça-feira, fevereiro 10, 2009

lembrança pós-morte

Foste em vida
O que meu subjugador foi na morte

Toma umas rédeas, contrito
e apregoa a boa oração

a mágica
a mágica reflete a beleza do olhar
a pureza do ser humano
que carga humanitária desdobra
perante a nobreza de sua verdade

o que mentiu é o que se foi
mais afastado de todos
porque misturas com o divino
coisas não compreendidas

e mistificadas foram tuas palavras
ambiente oráculo de sua mente
aperto de lembranças agastadas
multidão deveras crente...

sábado, fevereiro 07, 2009

A minha identidade

É meu rosto, meu presente entorno,
É meu ato e seu retorno, é meu rosto.

No entanto, ele não precisa ter face,
Porque não há personalidade
Sem fase.

- mais - mais -

Espelho com rosto,
Rosto ao contrário,
Espelho com rosto e com mais espelho,
Pentelho ao contrário, duas vezes.

Cabelo jogado para lá, cabelo caído pra cá,
Enquanto a superfície primeiramente mente,
Segundamente, desmente.

Quando és careca, as arestas são as mesmas.

Raspo, alongo, faço plástica, disfarço

Cubro com máscara,
Escancaro minha diáspora.

Você nunca vai saber quem sou,
Se ajo como eu ou como outrem,
Quisera Deus que eu fosse só sémem,
No entanto, sou humano, homem.