Sozinho, indeciso, indeterminado, desiludido,
Não existe príncipes em castelos encantados,
Nem homens perfeitos, arrumados.
Sobram os preenchimentos para este vazio
Que me cerca, que me parece perfeito
Para um novo companheiro,
Ou uma noite de loucura, fora da amargura
Desse conjunto vazio.
Mas noto que há presenças,
Há amizades, há diferenças
Entre o que a realidade me mostra
E as minhas carências.
Há carências em todos os lugares
E satisfações em medidas distintas,
Há sensações em rostos únicos
Misturados com momentos mudos
De puro preenchimento.
E ir no cinema com a namorada, ou namorado,
Limita o número de filmes possíveis,
E, entre beijos, às vezes preciso olhar para os lados,
Não trocar saliva, procurar um sentimento infantil,
Um cantil de água para tomar fôlego
E conviver com preenchimentos únicos,
Diferentes.
Para Mariana Bruno
terça-feira, junho 08, 2010
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(L)
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