Escritor fantasma,
Essência do autor,
Douto senhor,
Jovem não
Reconhecido
Na multidão.
Escritor fantasma,
Espírito maldito,
Alma querida
Do livro
Em branco.
sexta-feira, setembro 20, 2013
terça-feira, setembro 10, 2013
segunda-feira, setembro 09, 2013
nos tomaram as palavras
nos tomaram a liberdade, e a fizeram liberdade de mercado e posse.
nos tomaram a igualdade, e a fizeram igualdade para quem pode.
nos tomaram a fraternidade, e a fizeram clube de cavalheiros.
nos tomaram a paz, e a fizeram paz armada,
pax romana, pax brittannica e pax americana.
nos tomaram a justiça, e a fizeram sentença contra os pobres.
nos tomaram a ética, e a fizeram burra.
a direta toma as palavras da humanidade e a faz muda.
(alguém me ajuda a melhorar esse texto ?)
nos tomaram a igualdade, e a fizeram igualdade para quem pode.
nos tomaram a fraternidade, e a fizeram clube de cavalheiros.
nos tomaram a paz, e a fizeram paz armada,
pax romana, pax brittannica e pax americana.
nos tomaram a justiça, e a fizeram sentença contra os pobres.
nos tomaram a ética, e a fizeram burra.
a direta toma as palavras da humanidade e a faz muda.
(alguém me ajuda a melhorar esse texto ?)
e quem nunca ?
quem nunca viu um direitista e sentiu nojo ?
quem nunca desejou que eles se calassem ?
quem nunca quis educá-los ?
quem nunca quis impedi-los ?
quem nunca quis expulsá-los ?
quem nunca quis destituí-los ?
quem nunca quis matá-los ?
quem nucna quis exterminá-los ?
quem nunca quis que eles sentissem medo de pensar assim ?
pois é, a direita espreita nos recantos mais escuros do coração humano.
quem nunca desejou que eles se calassem ?
quem nunca quis educá-los ?
quem nunca quis impedi-los ?
quem nunca quis expulsá-los ?
quem nunca quis destituí-los ?
quem nunca quis matá-los ?
quem nucna quis exterminá-los ?
quem nunca quis que eles sentissem medo de pensar assim ?
pois é, a direita espreita nos recantos mais escuros do coração humano.
sábado, julho 27, 2013
Brancasnuvens
Ele sorriu, finalmente havia encontrado seu propósito.
Perfeito.
Estava tudo perfeito, não havia qualquer engano.
Bom, perfeito talvez não fosse a palavra exata.
Estava tudo certo, isso, tudo certo.
Exceto talvez.
Talvez pelo maldito cheiro de merda que se espalhava.
Mas não havia outro jeito.
A barriga era o único lugar para cortar, o único ponto vital acessível.
Pena q eu ela era tão sensível.
A tempestade havia passado, finalmente.
Brancasnuvens.
Por um momento pensou que, caso um dia tivesse uma filha, ela se chamaria Brancarnuvens.
Mas que nome idiota.
Tentou levantar-se, o corpo doía, as penas pareciam gelatina, e um sorriso tomava-lhe o rosto.
Limpou os cacos de vidro de seu paletó, mas manchas de sangue não sairíam tão facilmente.
Precisava partir, era hora de desaparecer na noite, e nunca mais ser visto.
26 anos e havia esperança, muita esperança.
O mundo poderia, talvez, se tornar um lugar melhor afinal.
Brancasnuvens.
Não, isso não soa bem.
Partiu, então.
Não havia tempo à perder.
Tudo estava perfeito.
quinta-feira, julho 25, 2013
Dia do Escritor foi criado
Dia do Escritor foi criado
Por conta do dia do I Festival do Escritor Brasileiro,
Obra de dois escribas, João Peregrino Júnior e o baiano Jorge Amado,
Realizado na data de 25 de julho de 1960, com a idade, portanto,
De 53 anos, de cinquenta e uns tantos de anos,
Cinco décadas e pouco.
Dia do Escritor só pode
Ser descrito, rascunhado, anotado,
Como uma data para saudar os bons versos,
Como uma comemoração oca para desfrutar
A sensação de primeira leitura,
Sempre perdida.
fonte
Por conta do dia do I Festival do Escritor Brasileiro,
Obra de dois escribas, João Peregrino Júnior e o baiano Jorge Amado,
Realizado na data de 25 de julho de 1960, com a idade, portanto,
De 53 anos, de cinquenta e uns tantos de anos,
Cinco décadas e pouco.
Dia do Escritor só pode
Ser descrito, rascunhado, anotado,
Como uma data para saudar os bons versos,
Como uma comemoração oca para desfrutar
A sensação de primeira leitura,
Sempre perdida.
fonte
sexta-feira, maio 10, 2013
compilação
No meio do caminho tinha um filho da puta
tinha um filho da puta no meio do caminho
tinha um filho da puta
no meio do caminho tinha um filho da puta.
Do pó vieste e ao pó retornarás
Nunca mais, Nunca mais
terça-feira, fevereiro 26, 2013
Máscaras
As pessoas usam máscaras
E não se sentem desconfortáveis
Ao esconder seus rostos
Existem
Máscaras para dor
Máscaras para o amor
Máscaras de raiva e inveja
Máscaras que te dão fome
Máscaras que te lembram gratidão
Máscaras que te dão paz e também feijão
Máscaras que escondem algo, mas que sempre deixam traços
Inúmeras máscaras de condescendências - disfarçadas como sabedoria
E máscaras de arrogância - que as pessoas acham que é de conhecimento
Máscaras para o vazio e máscaras para a plenitude
E também até aquela máscara daquele sentimento há muito esquecido, mas que você não lembra
Nós, os vendedores de máscaras
Não temos dúvida do que vendemos
Uma máscara para a necessidade e outra para o sorriso
É tudo o que precisamos
Vendemos também coloridas maletas
Para guardar suas máscaras dentro, o que mais esperava?
Qual é a máscara que você está usando hoje?
Quais máscaras passará adiante?
Suas máscaras estão muito velhas e gastas para o uso?
Venha nos ver
Temos as melhores e as piores
Não é seguro sair sem uma
E não vendemos máscara de desculpas.
As pessoas usam máscaras
E não se sentem desconfortáveis
Ao esconder seus rostos
Existem
Máscaras para dor
Máscaras para o amor
Máscaras de raiva e inveja
Máscaras que te dão fome
Máscaras que te lembram gratidão
Máscaras que te dão paz e também feijão
Máscaras que escondem algo, mas que sempre deixam traços
Inúmeras máscaras de condescendências - disfarçadas como sabedoria
E máscaras de arrogância - que as pessoas acham que é de conhecimento
Máscaras para o vazio e máscaras para a plenitude
E também até aquela máscara daquele sentimento há muito esquecido, mas que você não lembra
Nós, os vendedores de máscaras
Não temos dúvida do que vendemos
Uma máscara para a necessidade e outra para o sorriso
É tudo o que precisamos
Vendemos também coloridas maletas
Para guardar suas máscaras dentro, o que mais esperava?
Qual é a máscara que você está usando hoje?
Quais máscaras passará adiante?
Suas máscaras estão muito velhas e gastas para o uso?
Venha nos ver
Temos as melhores e as piores
Não é seguro sair sem uma
E não vendemos máscara de desculpas.
sexta-feira, fevereiro 01, 2013
Gullarianas III
Não tenho idade,
Sou filósofo
Que não pensa,
Ajo jovem e constante,
Reflito ranzinza, como múmia,
É faço ambas as práticas
Com luxúria.
Sou filósofo
Que não pensa,
Ajo jovem e constante,
Reflito ranzinza, como múmia,
É faço ambas as práticas
Com luxúria.
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Um momento
Um momento, um lapso, um segundo, frações de milionésimos, um suspiro, respiro, um momento, um monumento só por um momento.
Companheira de viagem
É aquela que você não cansa de ver, de tatear, de farejar, de se surpreender, de lembrar, de elaborar, de construir na memória, de desnudar na prática.
terça-feira, dezembro 11, 2012
Redigindo
Escrever. Editar. Revisar. Revisar de novo. Errar. Editar tudo de novo. Revisar. Revisar. Errar. Se acertar, revise de novo.
quarta-feira, dezembro 05, 2012
A minha Europa
O velho continente é meu velho amigo,
Minha amante madura, minha namorada convicta,
Essa Europa que visualizo se desenvolve em curvas, em estruturas,
Em corpos de prédios que respiram cultura,
O velho continente é minha mente oculta, dura de conhecimento.
O velho novo, a velha reclamona
Que se mistura em seus traços,
Nos dialetos
Perdidos.
Conheço, e vou conhecendo, seus entornos,
Seus contornos, suas nuances, seu ar provocante
Sem idade, nem identidade, de elementos mesclados,
Mascavos, doces como mel.
Meu velho é novo,
Meu amor por você é próximo, óxido
Intenso,
Meu novo é envelhecido
Pelo encontro de peles, por nossos pés
Insistentes no lençol.
A minha Europa tem diversidade de países
Expressa nas várias línguas que encontro
Em teus lábios.
A minha Europa tem odores
Que saboreio em meus olhares,
Confundindo meus próprios sentidos
E dando rumo aos impulsos,
Contidos.
A minha Europa é a liberdade
Dos beijos viciantes, é a América
Dos povos sem nação, dos nômades
Amantes do múltiplo,
Que pode ser encontrado em teu corpo feminino.
A minha Europa são meus beijos,
São meus textos de desejo,
São a poesia das ruas,
O sexo das esculturas,
O romance dos quadros,
Os olhares dentro do quarto.
Minha Europa é uma viagem a dois,
Minha Europa é uma viagem particular
Em minhas culturas, em meu passado,
Em meu passado, em meu tempo
Perdido, em meu ganho poético,
Em minha estética construída.
O meu amor na minha Europa
É um passeio por uma viela
Que revela uma catedral no fim da via.
A minha Europa é contemplação,
É o contato friccionado dos corpos,
É o copo da água que contém minha alma,
É a ação, o sorriso, o contato, a companhia.
A minha Europa tem olhos claros
Que abarcam o mundo,
A minha Europa tem olhos de muitas cores
E vive no corpo de uma mulher que eu amo,
Meu reino profano.
A minha Europa é uma viagem,
É o extremo frio e o calor contagiante,
É a ausência de drogas e o ácido dilacerante,
É a mistura e nada tem de antigo.
Minha Europa é nova,
Mesmo em traços antigos,
Minha Europa transita nos tempos
E por isso tem nome e imagem:
Viagem.
Dedicado a Andréa Corrêa Lagareiro
Minha amante madura, minha namorada convicta,
Essa Europa que visualizo se desenvolve em curvas, em estruturas,
Em corpos de prédios que respiram cultura,
O velho continente é minha mente oculta, dura de conhecimento.
O velho novo, a velha reclamona
Que se mistura em seus traços,
Nos dialetos
Perdidos.
Conheço, e vou conhecendo, seus entornos,
Seus contornos, suas nuances, seu ar provocante
Sem idade, nem identidade, de elementos mesclados,
Mascavos, doces como mel.
Meu velho é novo,
Meu amor por você é próximo, óxido
Intenso,
Meu novo é envelhecido
Pelo encontro de peles, por nossos pés
Insistentes no lençol.
A minha Europa tem diversidade de países
Expressa nas várias línguas que encontro
Em teus lábios.
A minha Europa tem odores
Que saboreio em meus olhares,
Confundindo meus próprios sentidos
E dando rumo aos impulsos,
Contidos.
A minha Europa é a liberdade
Dos beijos viciantes, é a América
Dos povos sem nação, dos nômades
Amantes do múltiplo,
Que pode ser encontrado em teu corpo feminino.
A minha Europa são meus beijos,
São meus textos de desejo,
São a poesia das ruas,
O sexo das esculturas,
O romance dos quadros,
Os olhares dentro do quarto.
Minha Europa é uma viagem a dois,
Minha Europa é uma viagem particular
Em minhas culturas, em meu passado,
Em meu passado, em meu tempo
Perdido, em meu ganho poético,
Em minha estética construída.
O meu amor na minha Europa
É um passeio por uma viela
Que revela uma catedral no fim da via.
A minha Europa é contemplação,
É o contato friccionado dos corpos,
É o copo da água que contém minha alma,
É a ação, o sorriso, o contato, a companhia.
A minha Europa tem olhos claros
Que abarcam o mundo,
A minha Europa tem olhos de muitas cores
E vive no corpo de uma mulher que eu amo,
Meu reino profano.
A minha Europa é uma viagem,
É o extremo frio e o calor contagiante,
É a ausência de drogas e o ácido dilacerante,
É a mistura e nada tem de antigo.
Minha Europa é nova,
Mesmo em traços antigos,
Minha Europa transita nos tempos
E por isso tem nome e imagem:
Viagem.
Dedicado a Andréa Corrêa Lagareiro
sexta-feira, outubro 19, 2012
sexta-feira, agosto 17, 2012
sem título 0001
havia algo preso na garganta.
um sentimento que queira sair, que precisava sair.
a pressão era tão grande que o coração apertava.
sua pálpebras estavam tremendo, suas sombrancelhas rígidas, travadas.
os dentes rangiam, e se apertavam até doer.
ele soube que não podia segurar mais.
sua face se transformou, a tensão se dissipou numa inspiração profunda.
agora em sua face havia um sorriso sincero, que cativaria qualquer um que pudesse tê-lo visto.
em seus olhos ardia um fogo, que queimava brando e espirituoso.
ele virou-se e partiu, como se flutuasse, com suas pernas que eram gelatina.
e naquela tarde de verão, naquele lugar distante, o homem partiu caminhando de leve, deixando todos os seus problemas para trás, com os miolos espalhados no asfalto sob o por do sol.
quarta-feira, agosto 15, 2012
Aula de Filosofia da Arte
Podia ser apenas alguns comentários
Sobre a ruptura de Picasso em seus traços,
Mas virou uma descrição da postura de Chopin,
Virou um apreciar do músico de rua,
Dos sons do violão velho,
Desafinado.
Podia ser apenas alguns comentários
Sobre a odisseia de Homero ao criar a literatura,
Mas a aula se transforma em uma discussão kafkaniana
Sobre as rupturas da literatura dodecafônica
E dos versos embaralhados, atonais.
Podia ser arte superficial,
Mas fala-se em expressão com densidade espacial,
Peso metafórico, discuto eufórico.
Sobre a ruptura de Picasso em seus traços,
Mas virou uma descrição da postura de Chopin,
Virou um apreciar do músico de rua,
Dos sons do violão velho,
Desafinado.
Podia ser apenas alguns comentários
Sobre a odisseia de Homero ao criar a literatura,
Mas a aula se transforma em uma discussão kafkaniana
Sobre as rupturas da literatura dodecafônica
E dos versos embaralhados, atonais.
Podia ser arte superficial,
Mas fala-se em expressão com densidade espacial,
Peso metafórico, discuto eufórico.
Gullarianas II
Sou uma velha, uma jovem velha,
Um homem de peruca, um leitor de poemas sujos,
Uma voz com sotaque demarcado, sou óculos fundo de garrafa,
De aros grossos e lentes amareladas.
Sou livro de sebo,
Poema amadurecido pelo tempo,
Sou folha de bananeira, luz de Sol que ultrapassa peneira,
Sou pele áspera e tempo sem espera.
Um homem de peruca, um leitor de poemas sujos,
Uma voz com sotaque demarcado, sou óculos fundo de garrafa,
De aros grossos e lentes amareladas.
Sou livro de sebo,
Poema amadurecido pelo tempo,
Sou folha de bananeira, luz de Sol que ultrapassa peneira,
Sou pele áspera e tempo sem espera.
Gullarianas
Estou com cor de ocre, febril, bêbado e ébrio,
Senil,
Estou ficando grisalho, estou como cascalho
Desgastado pelo tempo, sou um carvalho
Velho, uma flor arregaçada, sem pétalas,
Decomposto em sementes.
Pronto para nascer do lodo.
Senil,
Estou ficando grisalho, estou como cascalho
Desgastado pelo tempo, sou um carvalho
Velho, uma flor arregaçada, sem pétalas,
Decomposto em sementes.
Pronto para nascer do lodo.
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