sexta-feira, setembro 26, 2008
caminho
mapa, bússola, sextante, GPS, navegador
pra que antever meu caminho
se o meu nariz sempre aponta onde devo ir ?
segunda-feira, setembro 15, 2008
A harmonia da transcendência
Fazendo o órgão,
Ou o sintético,
Fazendo o surdo,
Ou o patético,
A lisergia e a orgia
Racional continuarão.
Pelas cordas vibrantes,
Pelas nuances ondulantes,
Eu permito ao diamante louco
E insano o brilho profano e puro
Das minhas teclas espaçadas,
Do meu teclado harmônico.
Pelas notas inseridas e tocadas,
Faço você sentir o paraíso,
Procuro o riso contido
E seu choro mais desgraçado.
Vamos juntos viajar
Nesse mar de nuvens cor-de-abórbora,
Na abóboda do seu festejar.
Ou o sintético,
Fazendo o surdo,
Ou o patético,
A lisergia e a orgia
Racional continuarão.
Pelas cordas vibrantes,
Pelas nuances ondulantes,
Eu permito ao diamante louco
E insano o brilho profano e puro
Das minhas teclas espaçadas,
Do meu teclado harmônico.
Pelas notas inseridas e tocadas,
Faço você sentir o paraíso,
Procuro o riso contido
E seu choro mais desgraçado.
Vamos juntos viajar
Nesse mar de nuvens cor-de-abórbora,
Na abóboda do seu festejar.
Em homenagem a Richard Wright, tecladista da banda Pink Floyd.
Faleceu hoje, coincidentemente "aniversário" do CD Wish You Were Here, 1975.
Entendo em três sentidos
Entender o mundo quando der para entender o surdo que quiser ser mudo ao longo do parecer ver e entender muito, quando há pouco.
quarta-feira, setembro 10, 2008
Velkinta Kadavro
Contemplava ao longe enquanto notado
Por linda forma, num branco vestido,
Ofuscava a tudo enquanto o lindo sorriso
Brilhava, rutilante; Dizia eu: preciso!
Preciso vê-la, logo ali, adiante
Tão longe, inalcançável... Tão distante...
Dois passos, um universo interminável...
Esplendorosamente inigualável!
Imóvel como estátua, enevoada,
Parada ao longe apenas observando,
Entre as nuvens do céu admirando,
A alma triste que soluça, desgraçada.
Pobre ser que não pode fazer nada,
Que sente a vida para sempre malograda:
A essência do mundo que o conforta,
Jazia em sua frente pálida... Morta...
Por linda forma, num branco vestido,
Ofuscava a tudo enquanto o lindo sorriso
Brilhava, rutilante; Dizia eu: preciso!
Preciso vê-la, logo ali, adiante
Tão longe, inalcançável... Tão distante...
Dois passos, um universo interminável...
Esplendorosamente inigualável!
Imóvel como estátua, enevoada,
Parada ao longe apenas observando,
Entre as nuvens do céu admirando,
A alma triste que soluça, desgraçada.
Pobre ser que não pode fazer nada,
Que sente a vida para sempre malograda:
A essência do mundo que o conforta,
Jazia em sua frente pálida... Morta...
quinta-feira, setembro 04, 2008
o livro
"(...) tenho amigos cuja companhia me é extremamente agradável: são de todas as idades e vêm de todos os países. Eles se distinguiram tanto nos escritórios quanto nos campos, e obtiveram altas honrarias por seu conhecimento nas ciências. É fácil ter acesso a eles: estão sempre à disposição, e eu os admito em minha companhia, e os despeço, quando bem entendo. Nunca dão problemas, e respondem prontamente a cada pergunta que faço. Alguns me contam histórias de eras passadas, enquanto outros me revelam os segredos da natureza. Alguns, pela sua vivacidade, levam embora minhas preocupações e estimulam meu espírito, enquanto outros fortificam minha mente e me ensinam a importante lição de refrear meus desejos e de depender só de mim. Eles abrem, em resumo, as várias avenidas de todas as artes e ciências, e eu confio em suas informações inteiramente, em todas as emergências. Em troca de todos esses serviços, apenas pedem que eu os acomode em algum canto de minha humilde morada, onde possam repousar em paz – pois esses amigos deleitam-se mais com a tranqüilidade da solidão do que com os tumultos da sociedade".
Autor: Francesco Petrarca
Texto: Meus amigos
Livro: A paixão pelos livros
Ano: 2004
p. 51.
Editora: Casa da palavra
Autor: Francesco Petrarca
Texto: Meus amigos
Livro: A paixão pelos livros
Ano: 2004
p. 51.
Editora: Casa da palavra
Í.ta**
quarta-feira, setembro 03, 2008
Saudade
Saudades, apenas saudade
Antes tudo, tão próximo
Mas a distância do espaço
Gerou a distância do tempo
Esqueço de qualquer imagem, realidade
Quem é esse que me abraça
E me esqueço?
Imagem que sigo, esquecida
Tão protegida, e de tanto, bloqueada
Um ídolo que sigo e nao vejo
Admiro-o sem lembrar
Uma infância perdida...
Em apenas doze horas de distância
Antes tudo, tão próximo
Mas a distância do espaço
Gerou a distância do tempo
Esqueço de qualquer imagem, realidade
Quem é esse que me abraça
E me esqueço?
Imagem que sigo, esquecida
Tão protegida, e de tanto, bloqueada
Um ídolo que sigo e nao vejo
Admiro-o sem lembrar
Uma infância perdida...
Em apenas doze horas de distância
Inspiração
Inspiro profundamente uma inquietude
Que nunca me deixa só
Uma imagem cobre-me a lembrança
E não me deixa ver além
Respiro saltitante
Coração palpitante
Por que me afundas
Em mares de saudades?
E tão logo recobro a consciência
Ainda inquieta e saudosa
Repasso-te em pensamento
Papel, tinta ... escrevo
Que nunca me deixa só
Uma imagem cobre-me a lembrança
E não me deixa ver além
Respiro saltitante
Coração palpitante
Por que me afundas
Em mares de saudades?
E tão logo recobro a consciência
Ainda inquieta e saudosa
Repasso-te em pensamento
Papel, tinta ... escrevo
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