domingo, julho 04, 2010

Queria ser um anjo

Para ter asas e voar,
Para ser algo belo e próximo do homem,
E ter a frieza e a consciência das alturas,
Ter em meu ser a arte e a maldade,
Artificialidade constituída nas loucuras
Da fuga racional, da construção
Além dos limites do corpo e da matéria,
Da fuga e do encontro com o humano,
Enquanto boneco, simulacro.

Sou anjo, ciborgue, inumanidade,
Desunido, desumano, munido
De armas apocalípticas, de vigilância e demência
Generalizada, sou a câmera e clarividência
Duvidosas, quebro quebrar meu corporal,
Me espatifar em partes, chegar em Deus
E desintegrar minha face.

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