Na solidão, escrevo,
Na solidão, converso com meu amigo imaginário,
Crio companhias, farsas materializadas na ponta do lápis.
Na solidão, posso usar borracha.
Na solidão, abro álbuns com fotografias amareladas
De quem não sou mais, de quem tenho saudade,
De quem não conheço, de quem não me esqueço.
Na solidão, escrevo notas,
Escrevo livros, escolho as cores
Para uma nova pintura, um novo quadro.
Na solidão, faço orações,
Atéias ou religosas.
Na solidão, conto pétalas,
Martelo tábuas,
Organizo os tijolos em casas.
Mas eu só trabalho sozinho porque já estive junto,
Porque tenho memória,
Porque tive contato. Intacto.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
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