terça-feira, maio 13, 2008

Sobre Filosofia Barata

Falam dos filósofos picaretas, das caretas descontentes com o pensar que parece não agir, dos tenentes do fazer acontecer, os falsos moralistas. Blasfemam contra a filosofia de boteco.

Não questionam a matemática de botequim, que erram cálculos e geram aberrações, deformações provadas, alucinações. Não questionam a biologia bêbada, das mutações pernetas, ou a química drogada, jogada nos vãos das baratas. Não falam do jornalismo tonto, dos advogados bobos e fáceis, dos juízes retráteis, corruptos incuráveis.

Não reparam no administrador ambicioso, um imbecil irresponsável, um controlador irrecuperável.
Não falam do médico que é comerciante, nada atuante.

Sequer questionam as estatísticas do especialista contorcido em mentiras. Não contam e sequer reparam nas indagações do economista, palpiteiro do dinheiro sujo inventado, inflacionado e dito como fundamental.

Por fim, resta o político mal-educado, justificado por condição precária e discurso que parece dente com cárie. Falemos sobre os podres do filósofo, então?

3 comentários:

J.C. disse...

O Homem sempre terá uma distinta afinidade para criticar o que não percebe. Porque, se ele não percebe, qual é a probabilidade de quem o rodeia perceber? Assim, não há discussão, logo, não se corre o risco de parecer idiota.
Mandemos então o filósofo abaixo, que ele não sabe o que diz!
Cumprimentos, John Case.

Anônimo disse...

Por que mandar todos abaixo?

Rebucci de Melo disse...

Carai!!

Muito boa! Um uso muito acurado das assonancias e um tema original...