A podresia é aquela poesia torta,
Não necessariamente poética,
Que não possui uma rítmica bem formulada.
A podresia é aquela poesia morta,
Não necessariamente aritmética,
Que descreve vasos em versos decassílabos.
Ela também não é paralelística,
Mas nunca se encontra com seu significado.
Ela não possui significado,
É uma poesia corroída,
Mas não ao ponto de tornar-se vendida.
Na realidade, é uma poesia vadia,
Totalmente mal-escrita, sem cuidado,
Feita por não-poetas às pressas,
Com letras grudadas, bem presas.
A podresia é um lirismo de palavras vãs,
Todas presas ao nada e jogadas ao vento;
É à poesia e à arte um imundo desalento.
Desprezível e mefítica reunião de palavras,
Que apenas toma o tempo curto do leitor,
Obnóxia abjeção feita com o inverso de primor.
É uma a-poesia que nada contesta;
A charneca literária oriunda do marasmo,
Onde verso atrás de verso é um inútil pleonasmo,
Mais mal feita que a podresia... Só existe esta.
domingo, agosto 24, 2008
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Um comentário:
Podre, do ocre,
É a poesia vazia.
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