quarta-feira, março 28, 2007

Defesa da Poesia - 2

Lamentoso solo
Onde o lamentado
André permanecia
Fixo,
Pensante na vida.

Seguia, sem despertar atenção,
Nem desviar sua má ação,
O espírito da cidade,
A ópera da eternidade
Inanimada, da habilidade
Sufocada, inerte.

Semelhante aos aparecimentos do Diabo à Cristo,
Como os sustos da menina adormecida e seu grito,
Tomou a forma de todas as vozes
E de todas as engenhocas, disfarces
Dos desejos humanos, são as cidades.

"Ousas tu, defendes tu
Essa frágil poesia, abstração?
Queres tu, ofendes tu
Com tal inútil insatisfação?
Não podes ser diferente,
Nem pode estar distante
Do universo que ilimitado
E incorruptível, é o muro
Do material, o chão
Sujo com tua traição."

2 comentários:

Anônimo disse...

design novo
atualizado
texto bonito
blog ousado

não mais recovo
dinamizado
blog mais escrito
blog renovado

Carlos Antonechen disse...

Pedro e sua defesa pela arte lírica. Um poema bem construído e com alguns "jogos" de palavras interessantes. Qualquer dia posto alguma minha!
E que o blog não morra!