Gelo na córnea
Não acorde - não vai doer
Pelo na cóclea
Não acorde - não vai doer
Cedo vi Eu cego pregando
Pregos em sua sepultura
Passou o dia inteiro
Numa noite em claro
Dissequem meus miolos
Não acorde - não vai doer
Percevejos na narina
Não acorde - não vai doer
Deposito transtornos neste agosto
Decepções etílicas mágoas esféricas
A meio que contragosto e muito desgosto
Coloco na sopa para combinar com a lagosta
Beba veneno
Não acorde - não vai doer
Uma pílula de naftalina
Não acorde - não vai doer
Um vândalo prostrado em mesa de acupuntura
Queria sobremaneira resguardar a cultura
Sonhar com um incessante pula-pula
E um palhaço vestido de demônio
Gargarejo de bílis
Não acorde - não vai doer
Extrato de acetona
Não acorde - não vai doer
Engravatados na lápide estão os pregos
Do meu epitáfio que previamente discutido
O arremesso, a martelada e o rombo
O sangue e o perfil atípico do ferido
sábado, agosto 18, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
meu deus, allan poe e byron não morreram e !QUEREM TE PEGAR!
Postar um comentário