sábado, agosto 18, 2007

história teleológica completa da humanidade


houve primavera
houve luz
houve terra
houve ar
houve chuva
houveram plantas
houveram animais
houveram florestas
houve o homem

houve verão
houve amor
houve familia
houve fartura
houve ouro
houve cobiça
houveram impérios

houve outono
houve invasão
houve queda
houve deus
houveram homens
houveram reis

houve inverno
houve cobiça
houve guerra
houve fome
houveram idéias
houve guerra
houve preconceito
houveram homens
houve guerra
houve tempestade
houve medo
houve frio
e não ouve mais nada

(correção: depois de 22 dias eu notei q eu escrevi ouvido no ultimo verso(eu havia lido os comentários, mas achei q eram pura brincadeira literária, e não notei a digitação incorreta). na acepção original do poema era pra ter sido houve mesmo, mas não nego a utilidade do verbo ouvir sendo utilizado nesse verso, por isso deixo 3 opções de final, à escolha do leitor:
1. a acima
2.:"e não se ouve mais nada"(erro de concordância intencional)
3.:"e não houve mais nada")

6 comentários:

Anônimo disse...

Houve o vazio.

Rez disse...

não ouve mais nada
perderam-se os ouvidos
e nada houve então
nos vales do olvido

ítalo puccini disse...

houve o
ouvir e
o ver
do que vivemos.

gostei!!
só não do "completa" do título. tudo é relativo...

abraços,
Ítalo (amigo do Guilan e do Pedro, para me identificar).

Pedro Zambarda disse...

Ainda não me ouve.

Ainda não me houveram.

Mas o que será que se ouve?

E o que será que houve?

Guilan disse...

olvido?

Lau disse...

do Lat. oblitu

s. m.,
acto ou efeito de olvidar;
olvidamento;
estado de uma pessoa ou coisa esquecida;
esquecimento;
poét.,
descanso;
repouso.

(traduzir musicas e usar palavras relativamente desconhecidas nelas são dois vicios do rezende)