quando viro do avesso
tão fundo, profundo
vejo-me assim
quebrando todos os
objetos
atirando todos os fragmentos
em um lugar que não existe
caótico, colérico
perverso até demais
parido ao contrário
debaixo d'uma maldição materna
não escondo meu sorriso
as minhas desculpas
não escaparão
meu esgar culpado
traz marcado
a prova da competência
há algo alem desta urbe
que me segura
quando o descontrole não responde
quem está no volante?
se você me forçar
acho que vou saltar do terraço
e cair num toldo
sou um surdo pastor de ovelhas
um áugure desafortunado
que vigia o rebanho a pastar
e atenta aos outros
com palavras de destruição
é melhor você não falar
se veio aqui pela resposta
deixarei-te na penumbra
fria como a praga que te aguarda
antes digno de graça
pernicioso me tornei
com tão brutal semântica
atravessada na garganta
com um sorriso mais do que frenético
não escondo minhas mãos cheias de culpa
meus pecados
não irão embora
sou a atormentada cria eterna
sob uma maldição materna.
domingo, abril 20, 2008
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2 comentários:
Muito bom! Bem construído.
Adorei isto: "é melhor você não falar
se veio aqui pela resposta
deixarei-te na penumbra
fria como a praga que te aguarda".
abraço
Profundo obscuro...Realmente tentador, mas guardas o que tentas?
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