O medo corrompeu a alma,
Subjugou seu mundo em vão,
Submeteu seu corpo à calma
Caótica do além-limite da razão.
O medo murchou seu coração,
Secou sua vontade-essência;
O corpo agora é violência
Em elevado estado de putrefação.
Observa-se o verme corroendo,
Aquilo que outrora foi um osso,
Agora já não passa de um esboço
Do ser de medo, do despiciendo.
Carne amedrontada apodrecendo
Que ainda assim possui sopro de vida,
Múmia se remexendo na jazida?
Estremecimento visceral estupendo!
Pequeno amarelado sentimento
Que cobre esta alma desgraçada,
Mutila, zurze com vil contentamento
O dono desta alma condenada...
sábado, maio 03, 2008
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2 comentários:
Nossa, isso me lembra Augusto dos Anjos...
De todos os sentimentos, o mais destrutivo é o medo, pois dele não sai nada.
De todos os outros alguma mudança pode sair, e desta algum proveito podemos ter.
Mas se com medo enfreitamos o ser que tememos, então é de toda valorizada a nossa conquista!
funestos restos simbólicos do ser
muito sombrio
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