sábado, julho 26, 2008

Pensamentos sobre a Filosofia do Jornalismo

Quando o periódico deixa de ser papel,
Quando a notícia abandona o formato digitado,
Eletrônico,
A informação passa a trafegar em pé,
Separar-se de forma, ser um além
Dos formatos, passa a ser contato.

Eis que surge o indivíduo jornalístico. Ele não é uma colagem de revistas, nem jornais. Ele não é um chip de informática, nem é notícia que respira e sobrevive. O jornal, o diário, o cotidiano, o ordinário é o imediato, o sensato, o esclarecedor. Ele carrega e não carrega as incoerências do cotidiano. Nenhum cristianismo, nenhum mito e nenhum cientificismo encostou no homem-jornal. Nem mesmo o super-homem do bigodinho.

O jornal
Carrega as incoerências



Sem apelar para a demência,



Sem cair na dependência,



Ele não é Deus,



Ele não é homem,



A atualidade é a metamorfose,



Aquela não podemos deter, a simbiose



Da osmose que é não poder se controlar,



Não poder se tocar.


Indivíduo jornalístico irá compreender o panorama.
Irá investigar as minúncias,
Desmontando o programa.

Indivíduo olhará para a história,
Perdoando os assassinos,
Julgando apenas os erros
Disciplinares, as linhagens
Dos traidores.

O culpado pedirá pela morte,
Pedirá pela tortura, um forte
Sentimento masoquista,
E o indivíduo jornalístico
Corromperá com sua palavra.

O jornal penetrará no ser humano,
Não mais com número limitado de espaço,
Nem com gênero categorizável,
Será comunicação pura e mudança madura,
E todas as palavras terão sentido,
Ungido pelo terror que é a esquizofrenia.

O homem-informação,
A desinformação declarada,
Será um arauto a ser temido,
Por seu olhar, que é um cupido.

Apaixonado,
O ordinário homem compreenderá que
Diante do indivíduo jornalístico,
Não há basilisco
Da criação humana como arma.

Verás, por esse indivíduo,
O fim da imaginação,
Fim da sua personalização.

Pois o presente como verdade,
O duelo da ascensão,
Revelará todo resto como simulação.

2 comentários:

Anônimo disse...

Heráclito e o Jornalismo?

Pedro Zambarda disse...

Notícia em Heráclito, talvez.

Porque o presente é intermitente.