Vejo o homem cambaleando,
ridiculamente sublime,
sem consciência do que faz,
sem sofrimento pelo que é.
Eu também cambaleio
pendendo para o lado,
cambaio para o esquecimento,
sentindo o mundo como ele é
ou talvez como poderia ter sido,
quiçá como gostaria que fosse.
Imerso nos sentidos e sensações
sequer ouso pensar em algo,
receoso de afugentar essa alegria
etílica e artificial, é verdade,
mas muito mais espontânea que
essa carapaça de sombra e sarcasmo.
Evito pensar na vida, pensar em algo,
pois a felicidade é a aptidão natural
de quem não pensa nem se preocupa.
Tento guardar meu rebanho de idéias negras
minha floresta de de sonhos inconjuntos.
Fracasso. E escrevo esse poema.
terça-feira, janeiro 29, 2008
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2 comentários:
Afinal de contas.
Realidade ou ficção?
É, como diria Caeiro: "Fizeste-me infeliz por me fazer pensar sobre felicidade."
Nossa! Agora que caiu a ficha!
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