quarta-feira, dezembro 05, 2007

Confissão

Ele vive como um parasita constantemente suprido na minha consciência,
É uma reticência que sussurra na minha circulação, trava minhas ações.

Ele abusa da tinta, serra caules de selvas, macha minhas olheiras,
Definha meu rosto, embora cause um sorriso repentino, quase doentio.

É, não adianta. Eu não descanso nunca mais.

Ele me atirou numa sopa de letrinhas, me sepultou numa imprensa,
Me crucificou num texto, é vago como maresia
E se chama poesia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Confissão!

Na fissura
Fissurado
Surrado
Surdo
Mudo
Mundo
Mudado
Laborioso!

ítalo puccini disse...

e sem ele não vivemos (ainda bem, creio eu. mas tudo é muito relativo...)

Í.ta**