domingo, fevereiro 03, 2008

Ensaio egocentrista.

Além de pai e filho,
Sou amante também.
De mim, apenas.
Preso no centro do ser(eu).

Importância tua, do que falas ou sente.
Não há.
Suas teorias
Embalam meu sono.
Sua realidade não tem valor.
Ao meu paradigma, o verdadeiro.

Preso, em cárcere amável.
Confinado, no devaneio do absorto.
Sigo, por caminho que não se vê.
Por descuido: não preciso vê-lo.
Maior interesse em uma mente perdida.

Egoísta e despreocupado.
Fingindo inspiração ou dor.
Isolo-me com gosto e desprezo.
De tudo que não é fogo ou flor.


(Poesia escritas nas brumas do sono, depois de lembrar um pouco de Artaud. Apenas para não enferrujar e para afirmar minha participação no blog.)

2 comentários:

Pedro Zambarda disse...

Sono exclarecedor.
Ego explicativo,
Rima acidental, dor
Visceral.

Kadavro disse...

Buraco negro.