quinta-feira, outubro 04, 2007

Acontece sempre.

Minha própria borboleta bate asas, faz os modos de uma águia, devora vermes como um falcão. Minha própria borboleta me encanta, me embaraça, me toma a taça e derrama seu sangue. Minha própria borboleta bate asas, faz as pazes para começar os embates, os empates, os contrastes.

Enquanto as pequenas rajadas de vento circulam, o furacão absorve, comove, amedronta. Não há equilíbrio de John Nash, nenhuma conta matemática exata. Paira o caos, o contraste, o barroco, sem sobrar qualquer toco. O pouco que peço é que as borboletas da minha vida não sejam vistas como avatares delicados, mas sim como prelúdios inusitados.


Pedro Z, 04/10/2007.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ficou ótima essa formatação do texto.
Vou tentar fazer coisas do tipo o.o'

Carlos Onox disse...

Avatares delicados... o Homem é um ser delicado, talvez até mais que as borboletas.

Prosa poética é muito bonita.