quarta-feira, outubro 03, 2007

Palavras Acerbas

Da perfídia és filha
Enigmática e sombria
És vazia, pálida Maria
És um mito, recontado por mero escrito

Dona beneplácita, doravante ficarás sabendo
Nego toda razão a ti atribuída
Não há porque aprofundar-se
Na sua história rasa, malcontada

És mesmo uma velha fenecida
Derramo lágrimas de deleite
Pois creio que ao expô-la ao ridículo
Escarneço também toda sua estirpe

Depósitos de lixo abruptos e bestializados
Servem só pra ocupar espaço
Vez por outra, alguém vislumbra
Algo estranho por detrás da penumbra...

Um comentário:

Pedro Zambarda disse...

Vasculhar a luz do fósforo que se esconde em pilhas de madeira queimada, tosca.

Causar um incêndio.

Parabéns.